Certificado Cadastur - Ministério do Turismo do Brasil - 26.064298.80.0001-2

Circuito Caminho dos Anjos

  • 17/10/2019

Serra da Mantiqueira, cenário perfeito para uma inesquecível cicloviagem. É hora de sair da rotina, colocar a bike na terra, relembrar a delícia que é superar desafios e sentir o vento no rosto. É hora de partir rumo a Minas Gerais, mais precisamente à cidade de Caxambu e aventurar-se no Circuito Caminho dos Anjos!


Ciclistas: Luciano Carneiro, Maria Teresa, Paulo Gomes e Angélica Gomes.

 

Altitudes que chegam a dois mil metros, clima ameno, cachoeiras, cidades acolhedoras e belos exemplares de Mata Atlântica, essa é a Serra da Mantiqueira, cenário perfeito para uma inesquecível cicloviagem. É hora de sair da rotina, colocar a bike na terra, relembrar a delícia que é superar desafios e sentir o vento no rosto. É hora de partir rumo a Minas Gerais, mais precisamente à cidade de Caxambu e aventurar-se no Circuito Caminho dos Anjos!

O Circuito consiste em um trajeto de 240km pela Serra da Mantiqueira, numa região conhecida por Terras Altas da Mantiqueira. O passeio é feito por estradas de terra e trilhas estreitas, passando por vales e rios em um percurso de diferentes elevações, tendo no horizonte em quase todo o caminho o Pico do Papagaio.

São vários os motivos para se fazer o Caminho dos Anjos, atravessando as montanhas do sul de Minas Gerais. Para alguns, um desafio que rompe o limite do corpo e da mente, para outros, uma viagem e uma oportunidade de descobrir as riquezas naturais e culturais de cada lugar.

Motivados pelo desejo de conhecer mais um pedaço inédito do Brasil, fomos ao Estado de Minas Gerais para percorrer o Caminho dos Anjos, vencidos em 3 etapas.

Partimos da cidade de Caxambu-MG, o roteiro leva à São Lourenço, Passa Quatro, Itamonte, Alagoa a Aiuruoca, ao Espraiado do Gamarra e a Baependi, retornando então ao ponto de partida. Percorremos o circuito em três dias, nos dias 20, 21 e 22 de abril de 2016.

 

1º Dia: 20 de abril - Caxambu à Itamonte

Saímos de nossa cidade natal São José do Rio Pardo, interior de São Paulo a 1 hora da manhã, foram cerca de 5 horas de viagem até Caxambu-MG. Chegamos na cidade por volta das 6 horas e já fomos procurar algum local para deixarmos nosso carro. Não demorou muito e encontramos uma pousada " Pousada Filipenses". Fomos muito bem recebidos pelo proprietário, deixamos o carro na garagem da pousada, arrumamos nossas bikes, bagagens e fomos procurar uma padaria para café da manhã. Partimos por volta das 7:30 hs.

Em frente ao hotel, preparando para começar a cicloviagem

Caxambu possui cerca de 22 mil habitantes, é uma das principais cidades do Circuito das Águas de Minas Gerais e conhecida como importante estância hidromineral.  As propriedades terapêuticas e medicinais das águas dessa região são infindáveis. Caxambu possui cerca de 22 mil habitantes.

A caminho de São Lourenço

O caminho inicia-se por uma estrada de terra atrás da estação de trem. Percurso bem tranqüilo e agradável. Todo o percurso é sinalizado por setas amarelas e verdes. O trecho entre Caxambu e São Lourenço é cortado pela Estrada Real durante todo o percurso há também a marcação da Estrada Real.

Precisa de legenda?

O percurso entre Caxambu e São Lourenço é um dos mais tranquilos do circuito, há apenas uma forte subida no km 20. Chegamos em São Lourenço por volta das 9:30hs, depois de percorridos 27km.

Subida técnica antes de São Lourenço

São Lourenço é uma das mais conhecidas estâncias hidrominerais do Brasil. Sua população é de 42.372 habitantes. Possui uma estação de trem muito bem conservada, é um dos principais pontos turísticos: O Trem das Águas é um trem turístico cultural, cujo trajeto sai da cidade de São Lourenço até Soledade de Minas, a 10 km do ponto de partida. O trem é conduzido por uma autêntica locomotiva a vapor, oriunda da Estrada de Ferro Leopoldina.

 

Antiga estação de trem em São Lourenço

Fizemos uma breve parada para um lanche e seguimos. Passamos em frente ao Parque das Águas e depois de uma longa subidas por paralelepípedos entramos na estrada de terra. Para quem está fazendo este trecho a pé, existe um caminho que leva ao Pesqueiro 13 Lagos, onde também funciona uma pousada. Quem está fazendo de bike, pode pegar um desvio e seguir rumo a Passa Quatro. De São Lourenço até o Pesqueiro 13 Lagos são 28km. E do Pesqueiro 13 lagos até Passa Quatro são 25km. Como não íamos parar no Pesqueiro cortamos uns 5km do percurso. Em alguns pontos requer atenção nas marcações para não passar batido nas encruzilhadas.

A caminho de Passa Quatro

Até o km 60 o percurso foi bem tranqüilo, de estradão batido. Depois do km 70 iniciamos uma forte subida na serra, a primeira serra do percurso. Foram aproximadamente 8km de subidas. Do alto da Serra era possível avistar o vilarejo de Porto, que passamos a pouco. Fincada no topo a serra a placa que indicava que faltavam ainda 12km para a cidade de Passa Quatro.

Paramos em um curral na Fazenda Aurora e abastecemos nossas caramanholas. Depois de mais uma subida avistamos uma pequena cachoeira no topo da serra. A partir daí começou uma forte descida com muitas curvas e já avistamos a cidade de Passa Quatro. Fizemos uma parada numa padaria para um lanche, e por sinal fomos muito bem recebidos pelo proprietário, que nos ofereceu pinhão cozido para comermos. Era por volta das 15:30. Já tínhamos pedalado 85km até o momento.

Chegando em Passa Quatro

Passa Quatro está entre as regiões mais altas do País, com o quarto maior pico: a 'Pedra da Mina' (2.798m). Banhada pelos rios Verde e Passa Quatro, sua natureza mescla Mata Atlântica, montanhas, vales e riachos. Cachoeiras como as do Quilombo, Manacá, Mato Dentro e Gomeira fazem de Passa Quatro um polo de ecoturismo e de turismo rural. A cidade oferece, ainda, um passeio nostálgico a bordo de uma 'Maria Fumaça' (de 1925). O roteiro começa na estação local e percorre 12 quilômetros até a divisa de Minas Gerais e São Paulo. Sua Floresta Nacional abrange 335 hectares. Sua população é de 16mil habitantes.

Saímos de Passa Quatro por volta das 16hs, por alguns momentos nos perdemos na marcação do caminho dentro da cidade, mas logo fomos ajudados por moradores. Atravessamos uma ponte na entrada da cidade e seguimos sentido a um colégio, onde de dava início a estrada de terra, onde nela funcionava uma antiga linha de trem, haviam ainda trilhos no chão em alguns pontos. Caminho bem tranqüilo, até o Distrito Pé do Morro. À nossa direira era possível ver uma enorme montanha que faz parte da Serra Fina, onde tem os maiores cumes do Brasil, o maciço de montanhas fica na divisa dos três estados (MG, RJ e SP).

Por algum momento nos perdemos das setas do caminho, e tivemos que procurar informações com moradores, que nos indicaram um caminho alternativo até Itamonte. Seguimos por estradas de terra até cairmos em um Bairro onde vimos novamente as setas amarelas do circuito. Já estava escurecendo. Ligamos nossas lanternas. Depois de uma longa subidas podemos avistar a cidade de Itamonte. Chegamos por volta das 19hs.

Itamonte e um dos únicos municípios ecologicamente privilegiados do Brasil, tem cerca de 82% do território formados por áreas protegidas: 'Parque Nacional do Itatiaia', 'Parque Estadual Serra do Papagaio', 'APA Serra da Mantiqueira'. E em recente pesquisa, foi considerada uma das 'Sete Maravilhas de Minas'. Sua área rural é bem maior que a urbana, e nela estão concentradas as belezas protegidas pelo 'Parque Nacional de Itatiaia'. São grutas, cachoeiras, piscinas naturais, picos e campos de altitude, que podem ser visitados por meio de trilhas, sempre com o acompanhamento de guias.Sua população e de 14mil habitantes.

Impressão Pessoal: Embora pedalamos 110kms deste dia, o percurso foi bem tranquilo, com apenas uma serra forte no caminho. As estradas do percurso são bem tranquilas, com pouco movimento de veículos. Em alguns pontos com bifurcações requer atenção dos ciclistas com a marcação pra não acabar passando batido as setas amarelas. As paisagens começam a ficar mais atrativas a partir de São Lourenço. Há vários locais para abastecer e vendas durante o percurso. A descida da serra para a cidade de Passa Quatro é bem perigosa, com muitas curvas fechadas e requer cuidado.

 

INFORMAÇÕES:

KM: 109,80

SUBIDAS ACUMULADAS: 2.658 metros

 

 

 

2º Dia: 21 de abril - Itamonte à Aiuruoca

Acordamos às 6 horas, nos arrumamos, tomamos um café da manhã reforçado, pois neste dia sabíamos que seria bem puxado. Limpamos as bikes e partimos por volta das 7hs. Nosso próximo destino é o distrito de Alagoa.

Saindo de Itamonte

Atravessamos a cidade de Itamonte e logo pegamos o asfalto para Alagoa. Iniciamos o começo de uma longa subida que não era muito forte porém contínua, feita por asfalto. Conseguimos manter um bom ritmo. Por volta do km 14 passamos pelo Bairro de Cachoeirinha. Por volta do Km 17, passamos pela Fazenda da Mata, ponto de serve de apoio para quem vai se hospedar durante o circuito. Depois deste ponto a subida ficou mais forte. A paisagem à nossa volta era deslumbrante, estávamos a quase 1.800 metros de altitude. Paramos em uma mina d’água no topo da serra e abastecemos. Logo avistamos a placa do Parque Estadual do Papagaio.

Seguindo sentido ao Parque do Papagaio

Parque Estadual da Serra do Papagaio abriga um importante remanescente de Mata Atlântica do Estado. Localizado na Serra da Mantiqueira, possui formações mistas de campos, matas e áreas de enclave com matas de araucária. Na unidade de conservação, concentram-se as nascentes dos principais rios formadores da bacia do Rio Grande, responsável pelo abastecimento de grandes centros urbanos do sul de Minas.

Aprecisando o visual 

Engloba importantes conjuntos montanhosos das Serras do Garrafão e do Papagaio, apresentando cerca de 50% da área com declividade acentuada e altitudes acima de 1.800 m. As encostas mais elevadas localizam-se no sul (Morro da Mitra do Bispo com 2149m) e ao sudoeste (Pico do Bandeira com 2357m na Serra do Papagaio). Situa-se numa área de rochas ígneas ácidas, representadas por granitos de granulação fina e grosseira. Interliga-se, geograficamente, com a porção norte do Parque Nacional do Itatiaia, permitindo uma proteção mais efetiva da flora e da fauna, por compor um conjunto montanhoso contínuo, legalmente preservado.

O Parque é uma importante reserva de diversas espécies de mamíferos, aves e anfíbios, convivendo e se reproduzindo graças á riqueza de ambientes e abrigos existentes. Destacam-se o mono carvoeiro, o lobo-guará, o papagaio do peito roxo e a onça parda.

 

Adentramos aos limites do Parque Estadual da Serra do Papagaio, um ar úmido e frio nos envolveu. Iniciamos a trilha por uma estrada de terra com muita pedra solta, a natureza intocada e a mata preservada se faz exuberante neste local. O silêncio é absoluto e quebrado apenas pelo som das aves e pássaros.

Aproximadamente 5 km abaixo, adentramos em uma estrada calçada por pedras, considerado um piso ecologicamente correto. A descida é bem íngreme, a estrada de pedras era alternado por trechos de estrada batida. O visual das montanhas era fantástico! Paramos para uma foto todos juntos com uma enorme serra ao fundo. Ao fim da trilha, acessamos uma estrada de chão batido, que logo nos levou de volta ao asfalto, continuando uma forte descida. Passamos pelo Bairro do Engenho e depois de aproximadamente 4km avistamos o vilarejo de Alagoa, eram por volta das 13 horas. Paramos para um almoço na Pousada das Flores, fomos muito bem recepcionados e servidos.

Descida da serra do Parque do Papagaio sentido Alagoa

Fundada por volta de 1742, Alagoa fez história desde o desbravamento das minas. Pequena e aconchegante, é a mais alta da região das 'Terras Altas da Mantiqueira'. Seu potencial turístico chama a atenção pelo acervo ecológico, praticamente intocado. Possui 2.700 habitantes.

O clima frio predomina. Vales cortam sua geografia e abrigam paisagens naturais. Destacam-se a Fazenda do Charco, as cachoeiras Zé Pena, Ouro Fala, Falcão e Serra dos Borges, bem como a nascente e as corredeiras cristalinas do Rio Aiuruoca.

A contemplação se estende também aos túneis abertos nas montanhas, como o da Bomba, do Garrafão e a Pedra de Santo Agostinho.

Reconhecida pela Unesco como 'Reserva da Biosfera', Alagoa é reconhecida pelo queijo parmesão produzido pela população da Zona Rural, sendo a região que abrange o município considerada 'Terra do Queijo Parmesão'.

 

Chegada em Alagoa

Saímos de Alagoa por volta das 14horas. Havíamos percorridos até o momento 46km. Faltavam apenas 28km até Aiuruoca, um caminho bem tranqüilo sendo feito pela marcação do Caminho dos Anjos. Porém em pesquisas feitas na internet, havia um caminho alternativo, que ligava Alagoa a Aiuruoca, que passava pelo Vale Do Matutu, aos pés do Pico do Papagaio, então optamos em fazer este percurso, o que aumentaria 15km nosso trajeto e uma serra considerável neste trecho.

Subindo a serra sentudo ao Matutu

No início do Circuito Caminho dos Anjos o percurso passava por este caminho, mas depois esta rota foi alterada, uma vez que o circuito é feito para ser realizado também de carro 4x4, mas como ficou intransitável em alguns pontos, foi a rota precisou ser alterada, nos contou o criador do percurso Alexandre Gaspar.

Vale do Matutu ao fundo a Pedra do Papagaio

Pedalamos uns 15km por estradas de chão batidos ainda na marcação do circuito. E entramos sentido ao Bairro de Cangalha. Iniciamos uma subida bem íngrime na serra por uma estrada bem estreita e com muitas curvas. Foram cerca de 5km de subidas interruptas, e ao fim a estrada se dividia em 3 partes e com uma placa nos indicando o Matutu, uma trilha dentro da mata. Descemos um single-track violento, com muita erosão e pedras, por uns 5 kms. Avistamos de longe na mata uma enorme cachoeira e muitas casas entre as montanhas. Encontramos com muitas mulheres subindo a trilha, elas trabalhavam nas casas do Vale do Matutu e faziam este trecho a pé todo dia, um percurso duro de aproximadamente 15km, uma vez que parte do caminho era intransitável para veículos, alguns arriscavam descer de moto, porém a maioria preferia fazer o caminho a pé, segundo informações dos moradores da região.

O Vale do Matutu está localizado na Microbacia do Ribeirão da Água Preta, importante afluente do Rio Aiuruoca, em território declarado pela Unesco como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, nos limites do Parque Estadual da Serra do Papagaio - unidade de conservação e proteção dos ecossistemas preservados. Faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra da Mantiqueira. É um bairro rural do município de Aiuruoca-MG, que integra o circuito Montanhas Mágicas da Mantiqueira, no Sul de Minas e também insere-se no circuito turístico Estrada Real. Considerado um Santuário Ecológico, com muitas espécies de animais silvestres, bosques de araucárias, florestas, campos de altitude e mirantes. Um ambiente de rica biodiversidade, graças à grande quantidade de nascentes de mananciais de águas puras que no seu percurso formam várias cachoeiras, justificando assim o nome indígena Matutu - “Cabeceiras Sagradas”.

 

Capela no Vale do Matutu

Adentramos no Bairro e avistamos lindas casarões em meio a mata, e ao fundo o imponente Pico do Papagaio, seguimos por uma estrada de chão batido, contornando o Pico do Papagaio. Passamos por uma igreja, onde paramos para uma foto em grupo em frente a cerca da capela. Prosseguimos e chegamos bem aos pés do Pico do Papagaio, onde paramos para mais fotos.

Pico do Papagaio ao Fundo

Iniciamos uma longa descida e adentramos em uma estrada principal, caindo novamente na marcação do circuito. Pedalamos por volta de 8km e avistamos a cidade de Aiuruoca em meio às montanhas. Chegamos na cidade por volta de 18 horas.

Aiuruoca tem 6.100 habitantes, seu nome é sugestivo, deriva da língua Tupi, e significa 'casa dos papagaios'. Com características típicas das cidades interioranas do sul de Minas, tem forte influência da pecuária leiteira, do povo simples e acolhedor, e de clima agradável.

O município abriga cachoeiras, corredeiras, picos, montanhas e uma rica e preservada Mata Atlântica.

O Pico do Papagaio é uma atração à parte. Formação rochosa que se eleva à 2,1 mil metros de altitude (e de formas delicadas) é o cartão postal da cidade. É um dos atrativos mais procurados e visitados de Aiuruoca e possui 25m de altura e termina em uma grande piscina natural de águas cristalinas. Saiba mais

Os 308 anos de história da cidade estão presentes nos casarões e fazendas coloniais, nas travessas calçadas de pedra, nas imagens sacras barrocas, nas festividades bicentenárias - como a Semana Santa - e nas palavras de seus poetas, sendo Dantas Motta o patriarca.

Outros pontos turísticos merecem destaques: cachoeiras (mais de 50), entre elas dos Garcias, das Fadas, Duas Quedas e Deus me Livre.

Os mais de 20 picos impressionam, assim como o 'Parque Estadual da Serra do Papagaio', o Vale do Matutu, o Vale dos Garcias e a Serra Verde.

 

Impressão Pessoal: Trecho de 25kms entre Itamonte até a entrada do parque feito todo por asfalto, embora antingimos a altitude de quase 1.900 metros, a subida foi bem tranquila. Depois da entrada no Parque Estadual do Papagaio o percurso fica maravilhoso, com lindas paisagens! Alguns pontos requer cuidado nas descidas devido a pedras soltas. Entre as cidade de Alagoa e Aiuruoca fizemos via Vale do Matutu, o que deixou o percurso bem mais atrativo do que o caminho convencional, quem tiver a oportunidade de fazê-lo eu indico, vai aumentar uns 15kms e uma serra a mais, que por sinal é bem forte a subida, mas valeu muito a pena, foram as mais lindas paisagens do circuito, passando ao lado do Pico do Papagaio. A descida pelo single-track dentro da mata é "animal" e requer bastante cuidado e atenção. Depois de passar pelo Pico do Papagaio a chegada até a cidade é bem tranquila, com algumas subidas curtas e descidas. Tem minas de água potável durante o percurso. Estradas com pouco movimento neste dia, estava ótimo para pedalar.

 

INFORMAÇÕES

KM: 83,30

SUBIDAS ACUMULADAS: 2.868 metros

 

 

 

3º Dia: 21 de abril – Aiuruoca à Caxambú

Acordamos cedo e fomos tomar café, por volta das 6:30hs. Paramos para uma foto em frente à Igreja Matriz da cidade. Às 7hs partimos para os 60kms restantes do circuito, que apesar da kilometragem baixa, seriam os mais difíceis e bonitos do circuito.

Foto em frente à igreja matriz 

Seguimos as setas amarelas. Saímos da cidade em direção ao asfalto, pedalamos cerca de uns 5km km de leves subidas no asfalto até a entrada por terras, à nossa frente era possível avistar a Serra do Papagaio, a cidade de Aiuruoca foi ficando para trás entre as montanhas, com lindas paisagens ao nosso redor. Depois de alguns kms por terra apareceram as primeiras placas indicando a entrada do Parque Estadual do Papagaio, ainda a 5km, e o chão de terra foi trocado pelos calçamentos de pedra e as subidas começaram a ficar bastante acentuadas. Em alguns pontos do caminho, quando a estrada se aplainava, as pedras eram substituídas por terra, uma vez que as pedras estão assentadas somente nos trechos de maior inclinação.

Iniciando a Subida ao Parque Estadual do Pico do Papagaio

À nossa esquerda era possível avistar o Vale do Matutu e o imponente Pico do Papagaio e atrás de nos uma vasta cadeia de montanhas. Fizemos algumas paradas para hidratação. A subida parecia não ter fim! Depois de 14km, avistamos a placa da Cachoeira dos Garcia, estávamos aproximadamente a 1700 metros de altitude. Deste ponto até a cachoeira é 1km de descida, até o Restaurante Casal Garcia, que funcionava como ponto de apoio ao peregrino e fomos muito bem recepcionados. No local funcionava um restaurante, que devido a não existir energia elétrica, as mesas eram iluminadas a luz de velas. Era possível escutar o barulho da Cachoeira dos Garcia, alguns passos e a avistamos em meio à mata.  A cachoeira tem 30 metros de queda e uma piscina natural perfeita para banhos. O acesso exige alguns minutos de caminhada por trilhas. È possível o acesso na parte de cima ou na parte baixa da cachoeira.

Foto com Alexandre Gaspar, fundador do Caminho dos Anjos e a Cachoeira dos Garcia ao fundo

Depois de um rápido lanche, estávamos de saída quando fomos recepcionados pelo fundador do Caminho dos Anjos Alexandre Maciel Gaspar, que nos deu boas vindas e fez questão de nos levar para ver a prainha que fica do lado oposto da Cachoeira dos Garcia. Alexandre morava numa linda casa de fundo com a cachoeira, lugar bastante privilegiado em meio á montanha. Fizemos uma linda foto com a cachoeira de fundo e nos despedimos.

Começamos uma a subir em direção à entrada, 1km de volta, numa subida bem forte e bastante acidentada e adentramos no  Parque Estadual do Papagaio, iniciando novamente uma longa subida de pedras e muitas valas ate atingirmos a altitude máxima de 1.900 metros, onde tivemos uma vista de 360 graus do horizonte de montanhas. A partir daí seriam 10km de descidas com 1000 metros de ascensão, dos 1900 a 900 metros.

Ao topo da serra 

Iniciamos uma descida em meio a valas e pedras pontiaguas e encontramos um marco que indicava a cidade de Baependi a direita. O caminho nos levou a uma trilha em meio a mata fechada, que foi se alternando a retas e novamente subidas. A partir deste ponto iniciamos uma fortíssima descida com muitas curvas, a estrada estava bastante acidentada com muitas valas e pedras soltas, era impossível pegar velocidade na bike. A visão a nossa frente era incrível. O caminho também era alternado por estradão de terras e pedras, porém devido aos carros 4x4 passarem no local as pedras iam se soltando, o que deixava o caminho mais difícil e perigoso nas descidas. A descida terminou em meio a uma mata, fechada, onde podemos descansar um pouco longe do sol. Encontramos um grupo grande de jipeiros que iam iniciar a subida de 4x4, pois ali era o único veículo que subia.

Descida sentido Espraiado dos Gamarra

Faltava pouco para chegarmos em Espraiado do Gamarra, cerca de 8kms. Iniciamos uma forte subida de uma serra, aproximadamente 2kms, foi impossível pedalar, tivemos que empurras as bikes. Estavamos praticamente sem água e o sol estava muito forte. Enfrentamos muitas subidas até Espraiado do Gamarra. Escutamos muitas pessoas falarem: "agora da Cachoeira dos Garcia até Espraiado é só descida e baixadão", não se iludam, o percurso é bem puxado! Paramos para um lanche em uma venda em frente à prainha. O local estava bastante movimentado.

O Espraiado do Gamarra fica  localizado  aproximadamente 13 km do centro de Baependi, podendo se chegar facilmente de carro. Além de uma boa e gelada água, o Gamarra tem um pequeno espraiado, ideal para se pegar um sol ou praticar esportes.

 

Chegada a Caxambu

Saimos por volta das 14:30 horas, ainda tínhamos 21kms até a cidade de Caxambú para finalizarmos o circuito. O caminho a partir do Espraiado foi bem tranqüilo, quase todo plano, porém bastante movimentado por carros e caminhões. Cortamos toda a cidade, estava bastante movimentada. Estávamos bem próximos de nosso destino, aproximadamente 4kms. Fizemos o percurso pelo asfalto, praticamente somente descida até a cidade de Caxambú. Chegamos na pousada onde deixamos o caro por volta das 16hs.

Impressão Pessoal: Foi o dia que atingimos as maiores altimetrias e as mais bonitas de todo o caminho, principalmente entre Aiuruoca até o fim da Serra do Papagaio as paisagens foram fascinantes, porém foi um trecho de muita dificuldade, a estrada de pedra e as pedras soltas fizeram o percurso ficar ainda mais dificil, pois exigiu que colocássemos muita força na pedalada nas subidas, devido às pedras soltas, mas cada metro percorrido valeram a pena. Sugiro a todos que levem alimentos em sua bagagem e uma garrafa de água reserva e que parem no pronto de apoio na Cachoeira dos Garcia para uma refeição e abastecimento de agua, pois a partir da entreda no Parque do Papagaio vai ter um bom trecho sem nenhum apoio. Depois da descida da Serra até Espraiado é um caminho muito difícil de fortes subidas, curtas porém com bastante inclinação e pouca sombra. A chegada até Caxambu, requer muita atenção, pois é um trecho de muito movimento de veículos e sem acostamento.

 

INFORMAÇÕES

KM: 60,4

SUBIDAS ACUMULADAS: 2.129 metros

 


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Luciano Carneiro (organizador) (19)99297-8612

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