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Britânico vence e Avancini é vice na 2ª etapa da Sunshine Cup

• 27/02/2015

O brasileiro Henrique Avancini foi o 2º colocado na 2ª etapa da Sunshine Cup, no Chipre, na prova de maratona disputada nesta sexta-feira (27 de fevereiro). O britânico Grant Ferguson foi o vencedor, com o tempo de 1h50min12s. Avancini ficou a 6 segundos. O francês Stephane Tempier foi o 3º, a 9 segundos.

Por: Bikemagazine

O brasileiro Henrique Avancini foi o 2º colocado na 2ª etapa da Sunshine Cup, no Chipre, na prova de maratona disputada nesta sexta-feira (27 de fevereiro). O britânico Grant Ferguson foi o vencedor, com o tempo de 1h50min12s. Avancini ficou a 6 segundos. O francês Stephane Tempier foi o 3º, a 9 segundos.

O suíço Florian Vogel, que chegou na 4ª colocação, a 10 segundos, manteve a liderança na classificação geral, conquistada na etapa de contrarrelógio na abertura.  Avancini também permanece em 4º na classificação geral.

RELATO DA ETAPA, POR AVANCINI

“A prova foi no formato XCP (maratona, ponto a ponto), próximo dos 50km de corrida, mas como sempre, duro e com trilhas alucinantes. Os primeiros 18km de corrida eram praticamente sempre em subida, até chegar no ponto mais alto da prova. Neste trecho deu pra perceber quem teria realmente condições de lutar pela etapa e pela classificação geral”, conta o brasileiro em seu relato sobre a etapa na página do Facebook.

“Quem dava mais as caras era a dupla da BH, os franceses Marrote e Tempier (ambos fizeram no top 3 em etapas da Copa do Mundo ano passado). Com cerca de 10km joguei minha primeira carta e os únicos que reagiam bem eram os dois da BH e o líder geral, o suiço Florian Vogel. Mas quando o ritmo baixava outros atletas “conectavam” novamente”, continua Avancini.

“No final dessa subida, entramos em um longo single track descendo. Muito técnico e todo trabalhado. O Vogel entrou na frente e como era líder geral foi sagaz e desceu dentro da margem de segurança. O problema foi que no meio da descida o Marrote atacou e o Vogel não conseguiu defender a liderança. O francês foi abrindo e quando saímos do single-track ele tinha uma diferença de cerca de 30 segundos.”

“Neste momento a situação seria a ideal pra mim, já que o líder teria que trabalhar e seria uma boa oportunidade para lançar um contra-ataque após essa fuga. Só que as coisas não foram bem assim. Tínhamos esse longo trecho veloz e o suíço não conseguiu impor um ritmo muito bom. Enquanto isso o francês abria vantagem.”

“Nesse ponto eu poderia andar de maneira conservadora e me guardar mais para o final ou atacar e tentar algo maior. Ataquei e impus um ritmo forte, o pelotão foi pingando e depois de alguns bons quilômetros alcancei o francês, mas não tive ainda mais força para lançar outro ataque. O grupo diminuiu o ritmo e outros atletas encostaram formando um grupo de 9.”

“Ficou para a última parede do dia. Três quilômetros com um final quase virando pra trás… Depois dessa subida seriam apenas uns 200 metros na cidade até a linha de chegada. Quem impôs o ritmo no começo foi o austríaco Karl Markt e o o suíço Fabian Giger (n°4 do ranking UCI). No último quilômetro era uma parede daquelas de colar o guidão no peito…”

“E foi o momento decisivo da corrida, com um festival de ataques. Nos últimos 300 metros, o campeão britânico, que não tinha mostrado a cara durante toda a etapa, encaixou o ataque certo. Eu ataquei o grupo e por muito pouco não alcancei o britânico no final da parede. No trecho plano na cidade estava realmente no limite e perdi 6 segundos para o vencedor do dia. Consegui tirar alguns segundos para o líder e o segundo da geral, mas não o suficiente. Continuo em quarto na geral a cerca de 17 segundos do líder.”

“Hoje queimei cartucho, mas continuo me sentindo bem e amanhã será hora de começar a atacar pra fazer história. Nas mãos de Deus e pra cima deles!”