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  • 07/10/2021

Primeiros Socorros para Picadas de Aranhas Peçonhentas


Em nossas aventuras e acampamentos, o contato com os animais é algo bastante comum e inevitável. Alguns animais são bonitinhos, uns interessantes, outros asquerosos. Mas nem todos bonitinhos são inofensivos e nem todos asqueroso são agressivos – a natureza faz o possível para enganar nossos olhos, por isso nunca devemos confiar na aparência deles. Neste artigo, iremos mostrar qual a melhor conduta para prevenir e ajudar em um atendimento no caso de picadas de aranhas.

Antes de falar das aranhas, é importante explicar o que são animais peçonhentos: são aqueles que possuem estruturas como ferrões ou dentes para injetar a peçonha, que é uma toxina (ou uma mistura de várias toxinas) de origem exclusivamente animal cujo objetivo é alterar o metabolismo de outro ser vivo, por defesa ou alimentação.

Diferentemente do que muitas pessoas imaginam, animais peçonhentos e venenosos não são a mesma coisa. Um animal venenoso apenas produz uma substância tóxica (veneno), mas não tem como injetá-la dentro de outro animal. Nesses casos, o envenenamento acontece de forma passiva, geralmente por toque, pressão ou ingestão do animal venenoso.

Já o animal peçonhento, como já falamos, é capaz de injetar a substância em outro ser vivo. Alguns exemplos de animais peçonhentos são aranhas, escorpiões, cobras e abelhas. Nesse artigo, abordaremos especificamente as aranhas.

Tipos de aranhas peçonhentas

Acidentes causados por aranhas são normais. Nem todas as aranhas são peçonhentas e a gravidade da picada está diretamente associada à intensidade e complexidade da sua peçonha. Veja abaixo os 3 gêneros de aranhas peçonhentas encontradas no Brasil:

Aranha-marrom (Loxosceles)

 

Não é agressiva – pica normalmente quando é apertada contra o corpo. É uma aranha que tem tendências noturnas, esconde-se normalmente em caliças, embaixo de madeiras, cascas de árvores, em fendas nas pedras, embaixo de folhas mortas.

São aranhas pequenas, que podem ter de 1 a 4 cm. A maior parte dos acidentes acontece na Região Sul, onde esse gênero de aranha é facilmente encontrado.

Sintomas: A picada é pouco dolorosa. Uma lesão endurecida e escura costuma surgir várias horas após o acidente, podendo evoluir para ferida com necrose de difícil cicatrização. Pode haver mal-estar, cefaléia e febre. Casos graves podem evoluir para um quadro de insuficiência renal aguda. Raramente pode levar à morte.

Armadeira (Phoneutria)

 

Todas as espécies de aranhas desse gênero são bastante agressivas. Elas se caracterizam por, quando ameaçadas, assumirem posição de defesa erguendo os dois pares de pernas dianteiras e apoiando-se nos dois pares de pernas traseiras, abrindo os ferrões e eriçando os espinhos. São excelentes caçadoras, com atividade noturna. Abrigam-se sob troncos, palmeiras, bromélias e entre folhas de bananeira.

Podem chegar a 15 cm de envergadura e saltar até 40 cm de distância.

Esse gênero representa 42% dos acidentes com aranhas no Brasil. A maior parte dos acidentes desse gênero acontece nas regiões Sudeste e Sul.

Sintomas: A aranha-armadeira causa dor imediata e intensa, mas felizmente 91% dos acidentes com esse tipo de aranha são considerados leves. Casos mais graves podem apresentar agitação, náuseas, vômitos e diminuição da pressão sanguínea. Muito raramente pode levar à morte.

Viúva-negra (Latrodectus)

 

Não é um gênero agressivo e geralmente só pica quando é apertada contra o corpo ou se sentem ameaçadas. Possui atividades noturnas, faz teia irregular em arbustos, gramíneas, cascas de coco, canaletas de chuva, sob pedras.

No Brasil, acidentes com esse gênero ocorrem principalmente na Região Nordeste. É uma aranha pequena, possui de 2 a 3 cm. As cores e formas no dorso variam em cada espécie.

Sintomas: Após picada, a vítima sente pouca dor local, mas a dor evolui para sensação de queimadura 15 a 60 minutos após a picada. Sua peçonha ataca o sistema nervoso provocando dores musculares muito intensas, suor, náuseas, dor de cabeça, dores abdominais e alterações cardiorrespiratórias. O quadro pode se tornar bastante grave em crianças ou pessoas com maior sensibilidade às toxinas.

 

Aranhas peçonhentas não-perigosas

Além dos exemplos citados acima, existem ainda as Aranhas-de-Grama (Lycosa) e Caranguejeiras que, embora peçonhentas, não apresentam problemas para a saúde. Sua picada geralmente é apenas dolorida, mas sem maiores implicações.

Como prevenir

  • Sempre utilize calçados fechados nas atividades de trilhas.
  • Evite deixar o calçado dormir do lado de fora da barraca e, se isso for inevitável, não vista ele novamente antes de verificar se há algum animal lá dentro. Bata o calçado no chão de cabeça para baixo para que algum animal que esteja lá dentro saia.
  • Obs: Calçados são sempre um ótimo esconderijo para aranhas, escorpiões e outros animais. Grande parte dos acidentes com esses animais acontece ao colocar o tênis ou bota onde o animal está alojado.
  • Lembre sempre de olhar onde for segurar ou colocar a mão.
  • Tenha cuidado ao colocar e tirar os espeques da barraca – folhas secas ao redor deles podem esconder animais.
  • Nunca, jamais, deixe a porta da barraca aberta.
  • Procure limpar o local onde irá montar a sua barraca, tirando gravetos, folhas mortas, cascas de árvores. As aranhas e outros animais peçonhentos costumam ficar escondidos nesses locais durante o dia para à noite sair para explorar.

Primeiros socorros

  • Lave o local da picada com água e sabão.
  • Mantenha a vítima calma para que o veneno não espalhe mais rápido. Deite-a deixando ela o mais confortável possível.
  • Tente capturar o animal, tirar uma foto ou memorizar como ele era. Desta forma, quando estiver no hospital, será possível identificar o antiofídico mais correto.
  • Mantenha, se possível, a região picada erguida.
  • Cubra o local com um pano limpo.
  • No caso de acidentes causados por escorpiões, aranha-armadeira e viúva-negra, recomenda-se fazer compressas mornas no local e analgésicos para aliviar a dor.

O que NÃO fazer em um atendimento de Primeiros Socorros

  • Não fazer sucção do veneno, porque isso é mito.
  • Não dar nada alcoólico, querosene ou fumo para o acidentado.
  • Não fazer torniquete, impedindo a circulação do sangue: isso pode causar gangrena ou necrose local.
  • Não cortar ou queimar o local da ferida.
  • Não fazer aplicação de folhas, pó de café ou terra sobre a ferida, sob o risco de infecção.

 

Procure um hospital

O mais importante, em qualquer situação de picada de animais peçonhentos, é deslocar a vítima o mais rápido possível para o hospital, especialmente se for uma criança. Assim ela poderá receber o atendimento especifico para cada tipo de veneno.

Por mais que a picada não esteja doendo muito e não haja muitos sintomas, cada corpo reage de uma maneira diferente ao veneno e qualquer um dos animais citados acima pode desenvolver um quadro mais grave, que precisa ser tratado com um atendimento médico especializado.

Por: Fui Acampar

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